Tentar fazer de mim uma bela imagem, na verdade não vai me parecer melhor. Por que, do que me adianta viver em um castelo de cartas, se estou sujeita a cair por um simples sopro?
Não necessito mostrar tudo que sou, mas também não preciso criar aquilo que eu não sou, pois na realidade nem sei o que realmente sou. Não preciso me fantasiar para prender atenções, não preciso gritar para alcançar multidões e não preciso calar temendo à repressões, o que preciso é me equilibrar diante das situações.
Dentro de mim existem dois seres, agindo sem parar. Existe um, que me acalma e outro que me atina, eles são como ímãs, que se atraem porque possuem cargas completamente opostas. Eles lutam sem parar, eles argumentam fortemente, e a mim só cabe tentar os conciliar, pois só assim estarei na constante busca pelo meu ponto de equilíbrio.
E na estrada da vida sigo, rumando novos trilhos, conhecendo novos caminhos, subindo e descendo ladeiras, mas o que me faz querer continuar é pensar que um dia irei me equilibrar.