terça-feira, 3 de julho de 2012

Um talvez...


Eu estava perplexa diante daquele lugar. Eu estava em cima de uma faixa, de onde eu olhava para um lado e  via todo o meu passado no qual eu me encontrava imersa nas lembranças que não paravam de martelar na minha cabeça, e olhava para o outro lado e previa alguma coisa estranha, algo novo, mas tudo aquilo ainda me parecia meio nebuloso, me parecia um futuro distante.

Estava fechada, não queria seguir aquele novo caminho e deixar para trás todas as minhas raízes. Mas eu precisava atinar e perceber que enquanto eu estava "parada" o tempo não me esperava, e corria sem demora. Eu acordei: no início não gostava das novas pessoas, dos novos lugares, não queria fazer novos programas. Porém percebi que o problema estava justamente na minha consciência e eu precisava arrancá-lo e progredir na minha estrada...

Olhei para aquela névoa branca que encobria meu futuro, e comecei a limpá-la, comecei a tirá-la dali.. e percebi que a partir do momento em que eu decidi enfrentar o novo, ele me abriu portas, ele me mostrou que tudo corre, e que somos capazes de começar um novo ciclo sem abandonar os velhos.

E sigo, sem pressa, inconstante. Apenas vivo, abro sorrisos, fecho amarguras, olho pra frente e sinto o passado, percebo as mudanças e valorizo o presente, pois o tempo é curto e ele não para!