quinta-feira, 3 de julho de 2014

Quando a rosa perde a cor, quando os dias escurecem, quando o vidro do espelho quebra, quando o pneu do carro fura, quando a lagrima desce seca, quando a chuva dói na pele, quando o sol não anima mais o dia, quando a tempestade chega sem hora pra ir embora, quando a escuridão domina, quando o vento não sopra mais de leve, quando a brisa pesa no rosto, quando o tempo parece uma eternidade, quando a hora mais esperada do dia é a noite, quando nada faz sentido, quando as palavras saem da boca sem vontade, quando vive por viver, quando nada faz sentido, quando nada faz sentido, quando, nada faz sentido, quando...

segunda-feira, 31 de março de 2014

Vento

Mais uma vez o ciclo se renova. O vento que ventava manso, em mais uma de suas fúrias soprou forte pra longe. Dessa vez o vento ventou com uma intensidade um pouco mais forte, um pouco mais brava, tudo que estava junto se desfez, aquilo que era sólido firme, se transformou em mil pedacinhos que estão espalhados por aí.

Não é difícil encontrar semelhanças nesses pedaços, já que eles são feitos de saudade, amor e dor. Esses caquinhos se completam de uma maneira singular, pois cada pedacinho desse já foi um só, cada pedacinho tem uma parte que encaixa na outra. O amor se encaixa no sorriso, que se encaixa na dor que a saudade se encarregou de sentir; a dor se encaixa na lágrima que o amor não suportou e a saudade insistiu; e a saudade? Ah, a saudade é a morada do amor e da dor, é a morada das lembranças, dos beijos roubados e do abraço forte que abrigava.

Hoje, a saudade fez morada no sopro manso que o vento está ventando, e não tem pressa de ir embora, mas depois eu entendi que ela só vai quando o tempo deixar de existir.