quinta-feira, 3 de julho de 2014

Quando a rosa perde a cor, quando os dias escurecem, quando o vidro do espelho quebra, quando o pneu do carro fura, quando a lagrima desce seca, quando a chuva dói na pele, quando o sol não anima mais o dia, quando a tempestade chega sem hora pra ir embora, quando a escuridão domina, quando o vento não sopra mais de leve, quando a brisa pesa no rosto, quando o tempo parece uma eternidade, quando a hora mais esperada do dia é a noite, quando nada faz sentido, quando as palavras saem da boca sem vontade, quando vive por viver, quando nada faz sentido, quando nada faz sentido, quando, nada faz sentido, quando...

segunda-feira, 31 de março de 2014

Vento

Mais uma vez o ciclo se renova. O vento que ventava manso, em mais uma de suas fúrias soprou forte pra longe. Dessa vez o vento ventou com uma intensidade um pouco mais forte, um pouco mais brava, tudo que estava junto se desfez, aquilo que era sólido firme, se transformou em mil pedacinhos que estão espalhados por aí.

Não é difícil encontrar semelhanças nesses pedaços, já que eles são feitos de saudade, amor e dor. Esses caquinhos se completam de uma maneira singular, pois cada pedacinho desse já foi um só, cada pedacinho tem uma parte que encaixa na outra. O amor se encaixa no sorriso, que se encaixa na dor que a saudade se encarregou de sentir; a dor se encaixa na lágrima que o amor não suportou e a saudade insistiu; e a saudade? Ah, a saudade é a morada do amor e da dor, é a morada das lembranças, dos beijos roubados e do abraço forte que abrigava.

Hoje, a saudade fez morada no sopro manso que o vento está ventando, e não tem pressa de ir embora, mas depois eu entendi que ela só vai quando o tempo deixar de existir.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Relato empoeirado


Me pego hoje revirando velhas folhas de caderno, buscando me apegar à lembranças. Abro um caderno, procuro algo que faça sentido. Paro. Leio cada frase, reparo como o tempo passou. Procuro fotos entre as folhas; me deparo com alguém abraçado comigo, diante de um céu azul celeste, recheado de nuvens branquinhas, os sorrisos refletem sob a luz do sol que ilumina a praia, os cabelos ao vento demonstram a naturalidade da fotografia. Eu a pego, ponho-a em um mural. Eu sei que passou, e apenas sorrio com sinceridade a cada vez que lembro o que aconteceu após a pose para a foto.

Entre uma folha e outra foto, espirro, tudo está muito empoeirado, as fotos já estão sem brilho, tento limpá-las com as mãos e então consigo rever os rostos; percebo a diferença e me impressiono, eu já não tenho mais aquelas bochechinhas rosadas, me impressiono ainda mais quando lembro de quantas situações vivi depois daquele registro.

Involuntariamente, um pingo cai sobre o papel que estou lendo. As lágrimas caem sem cessar encharcando o tal papel, o coração dispara ao lembrar  que aquele poema fala sobre o meu avô. Respiro fundo e sigo a folhear.

Vejo amigos, festas, amores, vejo praias, vejo sorrisos, vejo dor. NOSSA! Vejo que era eu mesma que estava ali!

Continuo. Disparo um olhar para o espelho e revejo tudo aquilo no meu reflexo; chego a conclusão que sou uma construção, sou uma união do tempo e do espaço em que vivi.

Arranco uma folha em branco do velho caderno; olho fixamente para aquela poeira que domina as minhas lembranças e sopro-as; pego uma caneta e finalizo escrevendo: a vida é como um céu, ora vemos as estrelas brilhando fortemente irradiando e cativando nossos olhos, ora uma poeira de nuvens as
cobrem e quando o vento sopra aquelas nuvens, as estrelas não mais são as mesmas.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Vamos ver o pôr do sol?

Ali, naquela sombra de árvore sentei-me, aconcheguei-me para assistir de perto o fim de mais um dia que a morte me proporcionou. Olhei para o relógio e já estava na hora exata de começar o espetáculo...

Ele não precisou de nenhuma ação antrópica, ele não necessitou gritar para prender atenções. Ele era limpo, natural, reluzente...porque ele se encontra no mais profundo infinito que se pode enxergar e a cada fim de tarde reaparece, pronto para dar seu show e para se entregar à plateia que mais uma vez estava disposta a renovar-se junto com ele.

O show teve seu início. Por trás daquela magnífica paisagem ele ia se escondendo devagarzinho, deixando escapar apenas uns raiozinhos, que refletiam aos olhos de quem via. E assim ele foi cumprindo seu papel: encerrando mais um dia, determinando mais um tempo...e pouco a pouco foi dando espaço para a noite chegar...

E a vida, segue assim, sempre nesse ritmo: a cada etapa um novo espetáculo, a cada espetáculo um novo dia, e a cada dia um novo pôr do sol.


domingo, 7 de outubro de 2012

fases...

E as vezes acordo com uma vontade enorme de errar, não é de sair por ai fazendo mil besteiras, é simplesmente fugir do normal, fugir das regrinhas pré estabelecidas, e simplesmente mudar.

Há quem diga que isso são palavras de adolescente, que são fases, que a realidade vai chegar...
 ah, pode até ser, mas enquanto ela não chega vou tentando encaixar algum sentido nesse intervalo de tempo.  
Por tantas vezes pareço criança, por outras pareço moleca, por outras uma adulta e por outras uma velha. Mas acredito piamente que a vida é isso mesmo, que o ser humano é dotado das mais variadas essências e só cabe ao mesmo saber usá-las, encaixá-las e direcioná-las. 

Ultimamente ando pensando muito, pensando em tudo e em nada, pensando na vida, pensando no tempo, ah, ele sim que me preocupa, não por ele passar, mas por nunca mais poder voltar.

domingo, 16 de setembro de 2012

Indo





Acordar e sentir a brisa beijando o meu rosto, olhar para cima e enxergar o brilho que emana o sol e sentir-me aquecida por aquele calor...sentir o vento frio a arrepiar-me... olhar para frente e sentir o cheiro da vida, sentir o nascimento da esperança e o da coragem de continuar lutando.

E que venham novos sonhos, e que venham novas lutas, porque eu, meu querido, vou continuar de pé! 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Falar de amor


Falar de amor... o que seria então o AMOR?
Na teoria pode ser definido como: "A formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser." 
-Fonte: Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor

Mas venhamos e convenhamos: será que da mesmo para definir com todas essas palavras o real significado do amor? Sinceramente, ficar tentando conceituar essa palavra seria comparado a "enxugar gelo", porque nunca chegaríamos a um fim concreto!

Ah, o amor! Ele que nos inspira, que nos motiva, ele que nos faz chegar ao clímax antes mesmo da introdução terminar...ele dita regras que, muitas vezes, somos obrigados a seguir, ele controla, ou descontrola, tudo aquilo que está contido na região mais profunda de um ser.

Falar de amor para muitos hoje em dia, talvez não mais seja difícil, pois o que mais vemos, é a banalização do sentido dessa palavra. Porém, para mim é algo bastante complexo, pois não envolve apenas palavras bonitas ou clichês baratos, o amor na verdade é algo INTRADUZÍVEL!

Não falo apenas de amor entre duas pessoas, e sim do amor que habita em cada um, do amor que podemos  dividir de uma forma inenarrável. Eu poderia ficar por dias falando de amor, porém me limito em dizer que ele é a essência, que ele é a base, que ele segue diretrizes controvérsias e que ninguém é capaz de o entender por inteiro, pois quando mais achamos que sabemos de algo, ele vem com seus devaneios e nos surpreende.

O tempo passa, tudo muda, o vento sopra, as folhas caem e vão embora para longe. O sempre é substituído pelo nunca mais, mas o amor, ah, o AMOR, ele fica, ele habita e nunca, nunca mesmo pensa em ir embora.

"Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho"